Deus
é infinito em poder, e, portanto, é impossível alguém opor-se à sua vontade ou
resistir ao cumprimento de seus decretos. Tal afirmação deixa o pecador
alarmado. Mas do santo evoca somente louvores. Acrescentemos uma palavra e
veremos a diferença que isso faz: Meu Deus é infinito em poder! Portanto, “Não
temerei. Que me poderá fazer o homem?” (Sl 118.6). Meu Deus é infinito em poder;
portanto, “em me vindo o temor, hei de confiar em ti” (Sl 56.3). Meu Deus é
infinito em poder; portanto, “em paz me deito e logo pego no sono, porque,
Senhor, só tu me fazes repousar seguro” (Sl 4.8). Através dos tempos, essa tem
sido a fonte da confiança dos santos. Não foi essa a segurança de Moisés
quando, em suas palavras de despedida ao povo de Israel, disse: “Não há outro,
ó amado, semelhante a Deus, que cavalga sobre os céus para tua ajuda e com sua
alteza sobre as nuvens. O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo de ti
estende os braços eternos” (Dt 33.26,27)? Não foi esse senso de segurança que
levou o salmista a escrever, movido pelo Espírito Santo: “O que habita no
esconderijo do Altíssimo e descansa à sombra do Onipotente diz ao Senhor: Meu
refúgio e meu baluarte, Deus meu em quem confio. Pois ele te livrará do laço do
passarinheiro e da peste perniciosa. Cobrir-te-á com as suas penas, sob suas
asas estarás seguro: a sua verdade é pavês e escudo. Não te assustarás do
terror noturno, nem da seta que voa de dia, nem da peste que se propaga nas
trevas, nem da mortandade que se assola ao meio-dia. Caiam mil ao teu lado, e
dez mil à tua direita; tu não serás atingido... Pois disseste: O Senhor é meu
refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá [pelo
contrário, todas as coisas cooperam para o bem], praga nenhuma chegará à tua
tenda” (Sl 91.1-7,9-10)?
Peste e mortes voam
ao meu redor;
Se Ele não quiser,
não morrerei;
Flecha nenhuma me
poderá tocar,
Enquanto não o queira
o Deus de amor
(John Ryland)
Quão
preciosa é essa verdade! Aqui estou eu, uma “ovelha” pobre, insensata,
desamparada. Todavia, estou seguro na mão de Cristo. Mas, por que estou seguro
na mão dEle? Ninguém pode me tirar dali, porque a mão que me segura é a do
Filho de Deus, e a Ele pertence todo poder no céu e na terra! De igual modo,
não tenho forças em mim mesmo; o mundo, a carne e o diabo estão formados em
batalha contra mim. Por isso me entrego aos cuidados do Senhor, dizendo como o
apóstolo: “Sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para
guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Tm 1.12). E qual é a base da minha
confiança? Como sei que Deus é poderoso para guardar aquilo que lhe entreguei
em depósito? Eu o sei, porque Deus é Todo-Poderoso, Rei dos reis e Senhor dos
Senhores.
Pink,
A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011. p. 164,165.
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