Temos aqui, por conseguinte, a refutação daquela maldosa
acusação de que a doutrina da soberania divina é uma horrível calúnia contra
Deus e perigosa demais para ser ensinada a seu povo. Pode ser “horrível” e “perigosa”
uma doutrina que dá a Deus o seu verdadeiro lugar, que mantém os seus direitos,
que exalta sua graça, que atribui a Ele toda a glória e que remove da criatura
todos os motivos de jactância? Pode ser “horrível” e “perigosa” uma doutrina que
oferece aos santos um senso de profunda segurança ante o perigo, que lhes
outorga consolação nas tristezas, que neles desenvolve a paciência, diante da
adversidade, e que os estimula a levantar louvores aos céus, em todas as
oportunidades? Pode ser “horrível” e “perigosa”, uma doutrina que nos assegura
da certeza do triunfo final do bem sobre o mal e que nos oferece um descanso
seguro para o coração, descanso esse que decorre das perfeições do próprio
Soberano? Não, mil vezes não. Longe de ser “horrível” e “perigosa”, essa
doutrina da soberania de Deus é gloriosa e edificante. Apreendê-la devidamente
é algo que forçosamente nos levará a exclamar, juntamente com Moisés: “Ó Senhor,
quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade,
terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?” (Êx 15.11).
Pink, A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011.
p. 172,173.
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