terça-feira, 11 de setembro de 2012

A harmonia das Escrituras e a soberania de Deus



O supremo exemplo de como Deus exerce uma influência controladora e orientadora sobre os ímpios é a cruz de Cristo, com todas as circunstâncias a ela vinculadas. Se houve uma ocasião na qual a providência se evidenciou, foi no evento da cruz. Desde toda eternidade Deus predestinara cada detalhe desse supremo acontecimento. Nada foi deixado ao acaso ou ao capricho humano. Deus decreta onde, quando e como o seu bendito Filho morreria. Muitas coisas que Deus determinara com respeito à crucificação tinham sido anunciadas por meio dos profetas do Antigo Testamento; de modo que, no cumprimento exato e literal dessas profecias temos uma prova clara, uma demonstração plena, da influência controladora e orientadora que Deus exerce sobre os ímpios. Nada acontece fora daquilo que Deus ordenara, e tudo quanto o Senhor ordenara aconteceu exatamente conforme Ele mesmo propusera. Fora decretado (e revelado nas Escrituras) que o Salvador seria traído por um de seus próprios discípulos – por seu “amigo íntimo” (Sl 41.9; comparar com Mateus 26.50)? Sim; e Judas foi o discípulo que O vendeu. Fora decretado que o traidor receberia trinta moedas de prata por sua horrenda perfídia? Sim; e os sumos sacerdotes foram constrangidos a oferecer-lhe exatamente essa soma. Fora decretado que o dinheiro da traição seria empregado na compra do campo do oleiro? Sim; e a mão de Deus dirigiu Judas de tal modo que devolveu o dinheiro aos sacerdotes, e Deus guiou os sacerdotes para que decidissem fazer exatamente isso (Mt 27.7). Fora decretado que se levantassem “iníquas testemunhas” contra Cristo (Sl 35.11)? Pois bem, foram achados indivíduos dessa natureza. Fora decretado que o Senhor da glória seria açoitado e que Lhe cuspiriam no rosto (Is 50.6)? Ora, não faltaram aqueles que vilmente se prestaram a isso. Fora decretado que o Salvador seria “contado com os transgressores”? Pilatos, sem perceber que estava sendo dirigido por Deus, ordenou sua crucificação juntamente com os dois ladrões. Fora decretado que vinagre e fel Lhe seriam oferecidos, enquanto Ele pendia na cruz? Esse decreto divino foi literalmente cumprido. Fora decretado que soldados cruéis lançariam sortes suas vestes? Então, foi justamente isso que fizeram. Fora decretado que nenhum de seus ossos seria quebrado (Êx 12.46 e Nm 9.12)? Pois bem, a mão orientadora de Deus, permitiu que os soldados romanos quebrassem as pernas dos ladrões, impediu-os de fazer o mesmo com nosso Senhor. Ah! Não foram suficientes os soldados de todas as legiões romanos, não foram suficientes todos os demônios de todas as hierarquias de Satanás, para quebrar um único osso do corpo de Cristo. E por que não? Porque o Soberano onipotente tinha decretado que nenhum de seus ossos seria quebrado. Precisamos demorar-nos ainda mais neste parágrafo? No que se refere à crucificação, o cumprimento acurado e literal de tudo que as Escrituras predisseram, não demostra, sem qualquer controvérsia, que um poder onipotente estava dirigindo e supervisionando tudo quanto foi feito naquele dia?
 
Pink, A. W. Deus é soberano. São Paulo: Fiel, 2º Ed. 2011. p. 98,99


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